Dias em que depois de almoçar se "dormia a cesta",
Momentos, estigmas eternos,
Beijos e abraços fraternos,
Tristezas e loucuras,
Tardes de divinas curas,
Homens obrigados a ter coração,
Mulheres ávidas de paixão,
"Foder" e voltar a "foder"...
"Foder" era a palavra proíbida,
Mas a vontade por todos sentida.
Nas mesas do café,
Tantos poemas nasceram,
Tantos personagens se conheceram,
Tantas mágoas se afogaram,
Tantos copos se deixaram vazios;
Foram imagens coloridas,
Contínuas despedidas,
Alucinações e palavras ao vento,
Sensações de tormento,
Danças tribais,
R azões e obrigações desiguais,
O Norte é melhor,
Ou o Sul é que não existe?
O Porto é a glória,
Ou tudo é uma adiada vitória?
O rei com alma de palhaço existe,
Ou isso é "pedrada" não sei de quê?
As mulheres são anormais,
Ou os homens é que são virtuais?
Os deuses e as ninfas são audíveis,
Ou isso é bebedeira?
A morte é o desejo d´alcançar,
Ou apenas a porta para o Mundo ignorar?
Foram noites ao luar,
Afundá-mo-nos no imenso mar,
Divagamos por sítios longínquos,
Foram pedaços de vida,
Uma sorte perdida,
No templo da paz amá-mos,
Partilhámos o passado e o futuro,
Encerrámos o presente numa garrafa,
E voámos através da alma...
Foram bares de perdição,
Mulheres que se diziam tentação,
Músicas e gestos que aqueciam o coração,
E que nos faziam ter devoção,
Praias e fogueiras,
Xamanes e magia,
Cabanas e quartos cheio de orgia,
Pássaros cantando com alegria,
Tempos em que ainda sorria...
Foram gritantes minutos,
Segundos que tiveram de passar,
Horas que jamais irão voltar,
Memórias que para sempre irei guardar,
Cigarros charutos e cachimbos,
Que recordo,
Mas que não mais os poderei fumar...".....
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