10 setembro, 2008

....."Nem todo o corpo é carne... Não, nem todo. Que dizer do pescoço, às vezes mármore, Ás vezes linho, lago, tronco de árvore, Nuvem, ou ave, ao tacto sempre pouco...? E o ventre, inconsistente como o lodo?... E o morno gradeamento dos teus braços? Não, meu amor... Nem todo o corpo é carne: É também água, terra, vento, fogo... É sobretudo sombra à despedida; Onda de pedra em cada reencontro; No parque da memória o fugidio, Vulto da Primavera em pleno Outono... Nem só de carne é feito este presídio, Pois no teu corpo existe o mundo todo!...".....

Sem comentários: