....."...Magoava-me sempre o ser obrigado, por um dever de vulgar
reciprocidade – uma lealdade do espírito – a corresponder. Agradava-me a
passividade. De actividade, só me aprazia o bastante para estimular, para não
deixar esquecer-me, a actividade em amar daquele que me amava...
Por mim, o meu egoísmo é a superfície da minha dedicação. O meu espírito vive
constantemente no estudo e no cuidado da Verdade, e no escrúpulo de deixar,
quando eu despir a veste que me liga a este mundo, uma obra que sirva o
progresso e o bem da Humanidade.
Reconheço que o sentido intelectual que esse Serviço da Humanidade toma em mim,
em virtude do meu temperamento, me afasta, muitas vezes, das pequenas
manifestações que em geral revelam o espírito humanitário. Os actos de
caridade, a dedicação por assim dizer quotidiana são coisas que raras vezes
aparecem em mim, embora nada haja em mim que represente a negação delas...".....
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