18 novembro, 2008

....."No sufoco de uma madrugada amarela, 
Acende-se ao longe mais uma triste vela, 
Pouco ou nada se vê, 
Volta-se a perguntar porquê, 
Algo se sente, 
Mas sobre isso se mente, 
E na confusão de mais uma alegria, 
A tudo se ganha alergia, 
Porque amanhã a "doença" pode vitimar, 
E então tudo irá acabar; 
A olhar para trás, 
Sente-se vontade de ser capaz, 
Mais um dia que findou, 
Mais uma noite que voltou, 
Será de novo madrugada, 
Voltará a "luz estragada", 
E mesmo para quem se deixar enganar, 
Um dia já não mais poderá disfarçar, 
Porque tudo acaba, 
Tudo tem um fim, 
Mesmo que não se conheça a mulher de cetim, 
A vontade de algo novo conhecer, 
Por vezes é maior do que "viver", 
Logo à noite...talvez, 
Ou se calhar talvez fique para a próxima vez...".....
....."Durante algum tempo, 
Vivemos sem descaramento, 
Deixamo-nos explorar, 
Porque pensamos que é a forma de "ganhar", 
Fazemos coisas impensáveis, 
Entramos em "viagens" inigualáveis, 
Experimentámos tudo, 
Mas de repente o caminho fica "mudo"; 
Olhamos à nossa volta, 
Sentimos uma grande revolta, 
Somos tentados a repetir, 
Mas desta vez sabemos que não vamos conseguir, 
Quando já tudo se experimentou, 
E tudo falhou, 
Pode-se sempre "ganhar" a fingir, 
Pode-se sempre "comemorar", mesmo sem a vitória conseguir...".....

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