....."Eu me confesso,
Em nome do Pai, da Mãe,
E de quem me quiser ouvir,
Confesso o inconfessável,
O pecado irremediável,
A paisagem a preto e branco,
Que pouco a pouco se desvanece,
E que m´empobrece o olhar;
Eu me confesso,
Em nome do Pai, da Mãe,
E de um Deus,
Que não me ouve,
Mas que manda Anjos p´ra me salvar,
Quando a salvação é o "caos" de não mais chegar...
Eu me confesso,
Em nome do Pai, da Mãe,
E de uma mulher,
Com capuz dourado,
Que um dia me disse:
-Do you speack english?
Retorqui, balbuciando:
-Not very well.
Ao que ela voltou a perguntar:
-And fuck??Do you fuck very well??
Eu me confesso,
Em meu nome,
E em nome de quem me deu nome,
Confesso os prantos que atraio,
E as glórias que confundo,
Neste reles Mundo,
No qual me sinto cada vez mais imundo.
Confesso e volto a confessar,
Como quem vive a morrer,
Isto não é a morte,
Apenas um momento sem sorte.
Eu me confesso,
Em nome do Pai, da Mãe,
E de um "namorada",
Que não quis ter,
E de quem fugi,
Porque a verdade do que estou a dizer,
Só eu consigo perceber...
Será que chegou a hora da penitência??...".....
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