14 dezembro, 2008

....."Eu me confesso, 
Em nome do Pai, da Mãe, 
E de quem me quiser ouvir, 
Confesso o inconfessável, 
O pecado irremediável, 
A paisagem a preto e branco, 
Que pouco a pouco se desvanece, 
E que m´empobrece o olhar; 
Eu me confesso, 
Em nome do Pai, da Mãe, 
E de um Deus, 
Que não me ouve, 
Mas que manda Anjos p´ra me salvar, 
Quando a salvação é o "caos" de não mais chegar... 
Eu me confesso, 
Em nome do Pai, da Mãe, 
E de uma mulher, 
Com capuz dourado, 
Que um dia me disse: -Do you speack english? 
Retorqui, balbuciando: -Not very well. 
Ao que ela voltou a perguntar: -And fuck??Do you fuck very well?? 
Eu me confesso, 
Em meu nome, 
E em nome de quem me deu nome, 
Confesso os prantos que atraio, 
E as glórias que confundo, 
Neste reles Mundo, 
No qual me sinto cada vez mais imundo. 
Confesso e volto a confessar, 
Como quem vive a morrer, 
Isto não é a morte, 
Apenas um momento sem sorte. 
Eu me confesso, 
Em nome do Pai, da Mãe, 
E de um "namorada", 
Que não quis ter, 
E de quem fugi, 
Porque a verdade do que estou a dizer, 
Só eu consigo perceber... 
Será que chegou a hora da penitência??...".....

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