....."Tu vieste o fogo então reanimou-se,
A sombra cedeu o frio de baixo iluminou-se de estrelas,
E a terra cobriu-se,
Da tua carne clara e eu senti-me leve,
Vieste a solidão fora vencida,
Eu tinha um guia na terra,
Sabia conduzir-me sabia-me desmedido,
Avançava ganhava espaço e tempo,
Caminhava para ti dirigia-me incessantemente para a luz,
A vida tinha um corpo a esperança desfraldava,
O sono transbordava de sonhos e a noite,
Prometia à aurora olhares confiantes,
Os raios dos teus braços entreabriam o nevoeiro,
A tua boca estava úmida dos primeiros orvalhos,
O repouso deslumbrado substituía a fadiga,
E eu adorava o amor como nos meus primeiros tempos,
Os campos estão lavrados as fábricas irradiam,
E o trigo faz o seu ninho numa vaga enorme,
A seara e a vindima têm inúmeras testemunhas,
Nada é simples nem singular,
O mar espelha-se nos olhos do céu ou da noite,
A floresta dá segurança às árvores,
E as paredes das casas têm uma pele comum,
E as estradas cruzam-se sempre,
Os homens nasceram para se entenderem,
Para se compreenderem para se amarem,
Têm filhos que se tornarão pais dos homens,
Têm filhos sem eira nem beira,
Que hão-de reinventar o fogo,
Que hão-de reinventar os homens,
E a natureza e a sua pátria,
A de todos os homens,
A de todos os tempos...".....
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