06 julho, 2009

....."Na vertigem do tempo, 
Vagueio, 
Sou ave que com o seu voo, 
Se embriaga, 
Atravesso o reverso do céu, 
E num instante, 
Eleva-se o meu coração sem peso, 
Como a desamparada pluma, 
Subo ao reino da inconstância, 
Para alojar a palavra inquieta, 
Na distância que percorro, 
Eu mudo de ser, 
Permuto da existência, 
Surpreendo os homens, 
Na sua secreta obscuridade, 
Transito por quartos, 
De cortinados desbotados, 
E nas calcinadas mãos, 
Que esculpiram o mundo, 
Estremeço como quem desabotoa, 
A primeira nudez de uma mulher...".....

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