....."Na vertigem do tempo,
Vagueio,
Sou ave que com o seu voo,
Se embriaga,
Atravesso o reverso do céu,
E num instante,
Eleva-se o meu coração sem peso,
Como a desamparada pluma,
Subo ao reino da inconstância,
Para alojar a palavra inquieta,
Na distância que percorro,
Eu mudo de ser,
Permuto da existência,
Surpreendo os homens,
Na sua secreta obscuridade,
Transito por quartos,
De cortinados desbotados,
E nas calcinadas mãos,
Que esculpiram o mundo,
Estremeço como quem desabotoa,
A primeira nudez de uma mulher...".....
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