....."Por ruas desconhecidas,
Passam pessoas pouco conhecidas,
Um carro que passa, um toque,
É apenas mais um "bandalho",
Ou alguém que me conheceu,
Mas que com o tempo me perdeu,
Talvez seja uma mulher,
Que com ela me quer levar,
Não...não olho,
Tenho medo de não mais chegar.
Encimado num muro,
Está o mais triste ébrio,
Balbuciando diz-me quem é,
Fala-me da vida até,
E depois chora,
Porque ser homem é chorar,
Adormecer e sonhar,
Amanhã pode-se não mais acordar...
Do outro lado da paragem,
Com vontade de "trabalhar",
Está uma rapariga triste,
Espera a próxima carruagem,
Pernas ao léu,
Cara sem véu,
Um sorriso pintado,
A obrigação de ir para qualquer lado;
E depois chega a noite,
E eu...?
Vou-me embora,
Já não sei se vou para casa,
Ou se vou para o hotel,
Já não sei se regresso para o meu lugar,
Ou se vou para a porta do cemitério ver a morte chegar...".....
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