23 outubro, 2016

....."Sem sabermos,
A cidade parou,
Uma noite,
Que afinal não chegou.
E tu como um livro,
No branco das páginas
E eu a ler-te nas lágrimas,
Que a manhã acordou.
Sem sabermos,
Inventámos a dor;
A vida é um jogo,
Um instante infinito
Um quarto de fogo,
A esconder cada grito...
...Sem saber,
Abracei-te demais,
Uma porta fechada,
Os teus passos na escada,
A fazerem sinais,
E Antes do fim,
Antes de ti;
Amanhã, parto contigo,
Amanhã, foge comigo,
Amanhã, longe daqui,
Amanhã, leva-me em ti...
Sem saberes,
Escrevemos as ruas,
Uma sombra,
Desfazendo-se em duas.
E tu como um filme,
Na vertigem da morte...

...Eu aqui nesta sorte,
A mão a um passo da pele,
Sem saberes,
Inventaste-me o céu...".....

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