11 outubro, 2018

....."Manhã, que em ti encerra,
Este mar que não se altera,
Este vento na galera,
Que teima em ti pousar.
Madrugada, de repente,
Sou pássaro sou gente,
Tão distante e nunca ausente,
E teimo em ti pousar.
Mulher, minha alvorada,
Tu és o vento que tarda,
Por ti pouso o cansaço,
Na verdade de um poema,
Na mentira de um abraço,
Teu leito é o meu regaço,
Eu quero assim ficar.
Barco que torna ao porto,
No teu corpo eu me aporto,
Aí fico e me recordo,
E teimo em ti pousar.
Neblina, despertada,
Tão leve quanto a espada,
Que se bate por tudo e nada,
E teima em ti pousar...".....

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