24 fevereiro, 2017

....."Aqui te miro, os ventos liberais e absolutistas, "sangues" iguais...transformaram-se em guerra por ti...a Oeste vejo o mar, um rio capitão e refém do naufrágio...A Este o Douro a desmaiar, como a menina que aqui te mira...a Norte ele tem o poder de a ressuscitar...
Miradouro a Sul ninguém te pode pode salvar, o mar sem vontade de te abraçar...um truque de magia o Douro fica mudo, protege uma barca 2112, "100 anos", tanto tempo, e menina como o "dealer da ilha" carinhosamente me trata, também tem o peso de um século no olhar...
Tratam-me bem, ligo as extensões saltando uma pequena janela de uma das casas pequenas que albergam gente grande...Aqui hà uma calma muda, como eu menina, refém de um marginal...
Os bons dias menina, ou o titulo não importa, não meço as pessoas pelo tamanho que me dão...Numa das casas há segredos, como eu menina e os seus medos, trago comigo as chaves do cadeado e dos segredos da "ilha"...
Abro-te miradouro....É magico, uma ânsia de caber tudo numa palavra...Rei liberal deu seu coração à cidade...Acto de coragem imensurável...Um marginal naquele tempo...
Coragem, fico calada, ouço sussurros, aqui é normal...sempre com um bom dia ou tarde menina, olham-me com um respeito que não mereço...
Vão esses sussurros ao resgaste marginal, alguns com mais dor, outros com luto pesado...
Contradição o miradouro, esta gente é a ilha...E o miradouro é que me mira, sabe da minha inconsciência, como uma âncora do "resgaste marginal"...
Avanços e recuos, quero morder-te, quero agarrar a tua solidão, aqui quero tudo...liberais e absolutistas sentimentos, liberal resgate marginal e eu absolutista cega....
Inigualável resgate marginal, como os olhos dos meus bons dias menina, faltam os teus olhos...são o Norte do Miradouro...os teus olhos a minha paisagem favorita....
Menina falta-me a coragem de um rei sem medo, que por amor a ti cidade deu o seu sangue, coração...
A Este o Douro, a Oeste o mar, a Sul a serra, mas meu miradouro marginal o Norte "és tu"...".....

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